Apresentação do projecto ReEat Rocha Pear na feira de Berlim em Fev de 2020

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RE-EAT ROCHA PEAR – Estratégias de recuperação de amadurecimento no pós armazenamento da pera Rocha tratada com 1-MCP, dirigida a diferentes mercados

 

Código do Projeto: POCI-01-0247-FEDER-04016

Apoio: Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI ID&T) | I&D Empresarial – Projetos em Copromoção– Aviso 31/SI/2017

Entidade Beneficiária (Líder): FRUTUS – ESTAÇÃO FRUTEIRA DO MONTEJUNTO CRL

Copromotores: ROCHACENTER – CENTRO DE PÓS-COLHEITA E TECNOLOGIA, ACE | UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA | LABORATÓRIO IBÉRICO INTERNACIONAL DE NANOTECNOLOGIA (LIN)

Objetivo principal: Reforçar a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação

Localização do Projeto: NUTS II – NORTE e CENTRO

Data de Aprovação: 30/07/2019

Data de Início: 01/10/2019

Data de conclusão: 30/09/2022

Montantes envolvidos:

  • Investimento Total: 894.543,82 Euros
  • Investimento Elegível Total: 890.932,33 Euros
  • Apoio Financeiro FEDER (Incentivo Não Reembolsável): 611.344,29 Euros

 

Síntese do projeto:

O setor da pera Rocha gera cerca de 120 a 130 milhões €, dos quais cerca de 90 milhões provêm da exportação. Contudo, as atuais tecnologias de conservação disponíveis não têm permitido o amadurecimento normal da pera e o desenvolvimento da sua qualidade organolética. As centrais fruteiras debatem-se atualmente com os problemas resultantes da utilização do 1-metilciclopropeno (1-MCP), um antagonista do etileno, utilizado na prevenção do escaldão superficial, mas que impede o amadurecimento normal do fruto e afeta a qualidade final. Estes constrangimentos, atualmente sem alternativa, resultam em elevadas perdas económicas para o setor. A sustentabilidade da produção está assim condicionada pela capacidade de desenvolvimento de novas estratégias de monitorização e regulação do amadurecimento da pera Rocha, após tratamento com 1-MCP, para assegurar a qualidade à chegada ao consumidor. Os tratamentos preconizados como reversores do efeito “evergreen” do 1-MCP são baseados na indução de stresses capazes de desencadear a reativação dos recetores do etileno e de induzir o processo metabólico de amadurecimento, ao nível das enzimas e genes de biossíntese do etileno. Assim, peras conservadas com 1-MCP serão expostas a fatores como temperatura, etileno exógeno, outros produtos/hormonas vegetais, a elevação da percentagem de CO2 ou combinações destes fatores e serão monitorizadas através de sensores desenvolvidos para marcadores de amadurecimento selecionados, com o objetivo de modular o processo de amadurecimento para adaptar à venda em diferentes épocas do ano e às preferências dos diferentes mercados.

A Frutus, o RochaCenter, a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia formaram um consórcio onde se propõem dar uma resposta a esta clara necessidade do setor e oportunidade de mercado, através da investigação e desenvolvimento deste projeto inovador.

 

Atividades do projeto:

  1. Estudos preliminares e especificações técnicas;
  2. Desenvolvimento de novas estratégias de conservação e maturação;
  3. Desenvolvimento de sensores;
  4. Instalação Piloto e validação à escala real;
  5. Promoção e divulgação de resultados;
  6. Gestão e coordenação de Projeto.

 

Resultados Esperados:

  • Identificação dos mecanismos fisiológicos de amadurecimento da Pera Rocha;
  • Identificação dos mecanismos de ação do 1-metilciclopropeno (1-MCP);
  • Caracterização das diferentes necessidades para adaptar a oferta a diferentes mercados (caracterização fisiológica e sensorial dos frutos para diferentes exigências dos consumidores);
  • Estudo das estratégias de armazenamento de curto prazo que revertam o efeito inibidor do 1-MCP nas peras, permitindo a recuperação da capacidade de amadurecimento e avaliar o desenvolvimento de características do fruto pronto a consumir;
  • Identificação, teste e caraterização de possíveis compostos químicos/naturais que podem intervir na reversão da ação do 1-MCP e avaliar o seu balanço custo/beneficio;
  • Seleção de marcadores de amadurecimento das peras ao longo do armazenamento;
  • Monitorização da eficácia destas estratégias e/ou combinações de estratégias na recuperação da capacidade de amadurecimento através do recurso a sensores robustos e com elevado desempenho analítico para a análise de compostos orgânicos voláteis (VOCs) correlacionáveis com parâmetros fisiológicos e sensoriais do processo de maturação;
  • Desenvolvimento de sensores de baixo custo para CO2 e O2, bem como de unidades integradas de sensores para um aumento da resolução temporal e espacial da monitorização, com vista à implementação de uma “maturação de precisão”;
  • Estudo do efeito da aplicação de estratégias de recuperação da capacidade de amadurecimento da pera desenvolvidas e das possíveis alternativas ao 1-MCP à escala piloto, nas camaras de refrigeração do RochaCenter e posteriormente à escala real, nas condições comerciais da Frutus;
  • Estudo do impacto das estratégias selecionadas na qualidade sensorial do fruto;
  • Previsão do nível de amadurecimento do fruto ao longo do tempo em função das estratégias implementadas;
  • Modulação, através das estratégias e/ou alternativas encontradas, o amadurecimento dos frutos, de forma a permitir a distribuição nacional e internacional faseada ao longo da época e de acordo com os diferentes níveis de amadurecimento pedidos pelos diferentes consumidores;
  • Criação de protótipos de sensores (CO2, O2 e VOCs) que permitam monitorizar a evolução do amadurecimento dos frutos;
  • Validação e implementação dos protótipos obtidos assim como das estratégias de amadurecimento pós-1-MCP;
  • Divulgação dos conhecimentos gerados no circuito científico, a outras empresas do sector e ao consumidor em geral, pela criação de uma plataforma e avaliar o potencial final de implementação e exploração dos protótipos no pós-projeto.